quinta-feira, 21 de julho de 2011

PA Dona Luiza opera em condições precárias


Deisy de Assis
O Pronto Atendimento (PA) Dona Luiza, localizado no bairro Pimentas, opera em condições estruturais precárias.
Caixas, lâmpadas e embalagens de produtos são descartados indevidamente. Paredes estão quebradas e, em vários pontos, com muitas marcas de umidade. São falhas que podem ser observadas com facilidade nas dependências do hospital.

A situação foi denunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal (Stap), após uma visita e abordagem aos funcionários do PA. No local, a reportagem constatou a deficiência no equipamento público.

No banheiro feminino, o ralo está quebrado, o que pode ocasionar a passagem de insetos para dentro do hospital. A sala em que estão os equipamentos para o atendimento de emergência não apresenta as condições necessárias. Neste ambiente, em uma bancada de medicamentos, a reportagem encontrou uma seringa aberta, repleta até sua metade com medicação.

“Tudo neste lugar é ruim, em péssimo estado. Para se ter uma ideia, o paciente é atendido em pé no consultório, pois nem cadeira tem”, conta uma usuária do hospital, que prefere não se identificar, por medo de represálias.

A auxiliar de produção Gislaine Regina, 24 anos, frisa que a situação sempre esteve ruim. “É uma vergonha! Mas também é o local mais próximo que temos para recorrer, infelizmente”, lamenta.

Falta de material é constante
De acordo com funcionários da limpeza do PA Dona Luiza, a falta de materiais de extrema importância para a higienização do hospital tem prejudicado a execução do serviço e os trabalhadores. A questão foi relatada ao Stap.

“Não temos uniforme, somos obrigados a trabalhar com nossas roupas. Sem as botas de borracha, também usamos nossos calçados. Eu vou embora todos os dias com os pés molhados”, conta uma funcionária, que não quis se identificar.

A reportagem flagrou várias funcionárias do setor utilizando apenas um colete azul e suas roupas pessoais. Nos pés, elas usavam sapatilhas e tênis.

Funcionários também mencionam a incidência de desvio de função.

Stap levará denúncia à CPN

De acordo com o assessor de comunicação do Stap, João Franzin, o sindicato levará a situação constatada e a ausência de condições adequadas de trabalho à Prefeitura, por meio da Comissão Permanente de Negociação (CPN), para que medidas sejam tomadas.

Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o PA será reformado e que o início das obras está previsto para o próximo mês. Sobre a situação dos funcionários e de materiais, a Pasta alegou que, por ser indagada no fim do dia, não teria condições de se posicionar.

Fonte: .folhametro.com.br

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