Em entrevista exclusiva à Folha Metropolitana, o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), confirmou que a Cidade Mundial, sede da Igreja Mundial do Poder de Deus, no Jardim Cumbica, teve a licença de funcionamento cassada na sexta-feira pela Prefeitura. Ele afirma que somente poderão ocorrer novos eventos no local quando os religiosos atenderem aos requisitos mínimos do Corpo dos Bombeiros e dos órgãos municipais.
Almeida é favorável à existência do templo, tanto que a Prefeitura deu grande apoio na emissão de licença especial de funcionamento e na realização da vigília ocorrida em 13 de janeiro. Ele culpa a falta de Metrô e trem na cidade como uma das causas do grande congestionamento ocorrido em 1º de janeiro, na inauguração do espaço.
“Do mesmo jeito que uma igreja se instala numa cidade, e tem aquele caos no trânsito no dia 1º, significa que um Centro de Convenções não pode vir à nossa cidade neste momento porque qualquer centro traria 150 mil, 200 mil pessoas”, disse o prefeito.
Segundo Almeida, a vigília do dia 13 foi uma prova de que a Cidade Mundial pode existir sem novos problemas de trânsito. “Todo ponto de fé deste município terá o meu respeito porque quem mais tira pessoas das drogas são as igrejas, seja católica ou evangélica”, afirma.
Procurada, a Igreja Mundial do Poder de Deus não se pronunciou até a conclusão desta edição.
Cultos na igreja pararam rodovias federais
Os cultos realizados na Cidade Mundial em 1º de janeiro ocasionaram longos congestionamentos nas rodovias Presidente Dutra e Hélio Smidt. Segundo a concessionária NovaDutra, o pico de congestionamento chegou a 8 km de lentidão na Dutra, no sentido São Paulo.
O Ministério Público do Estado (MPE) de São Paulo recomendou que a Prefeitura interditasse o templo em 9 de janeiro. Horas antes da vigília no dia 13, o juiz Rafael Tocantins Maltez, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Guarulhos, determinou o cancelamento da vigília, com base em liminar solicitada pelo vereador Geraldo Celestino (PSDB). A Igreja realizou o evento e terá de arcar com multa de R$ 100 mil por desobediência.
Fonte:folhametro.com.br
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