Francisco X. Sampaio - Foto: Ana Paula Almeida
Irregularidades podem inviabilizar renovação do convênio que vence no início de agosto.O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou uma série de irregularidades ocorridas no contrato firmado entre a Secretaria Municipal da Saúde com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por intermédio da Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SDPM), para administrar o Hospital Pimentas-Bonsucesso, com verbas provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
No documento enviado ao secretário de Saúde, Carlos Derman, e obtido com exclusividade pelo HOJE, a auditoria do TCU aponta que a execução de serviços de saúde e gestão de hospitais públicos não são compatíveis com as atribuições da Unifesp. O relatório também aponta contratações diretas realizadas pela Prefeitura sem concorrência pública e contratações de médicos sem concurso público.
As informações vêm à tona a apenas dez dias antes do prazo da renovação do contrato entre as partes, que acontece no próximo dia 6 de agosto. O TCU determina que, caso o convênio seja mantido, a Prefeitura terá que rescindir o contrato com a Unifesp e imediatamente fazer contrato apenas com a SDPM, sem interferência da universidade e sem pagamento de comissão.
No entanto as manifestações do TCU devem ser relevadas, já que - no entender da Secretaria Municipal de Saúde - as irregularidades apontadas são de pequena importância. Em nota, o secretário Carlos Derman, por intermédio de sua assessoria de imprensa, informou que o convênio será mantido e que as irregularidades são questões menores em relação à importância do contrato.
Além de Guarulhos, o TCU constatou irregularidades nos contratos firmados pela universidade com os municípios São José dos Campos e Embu, além da Capital. O total de recursos fiscalizados em um período de apenas cinco meses são da ordem de R$ 460 milhões. Destes valores, R$ 77,1 milhões são relacionados aos contratos firmados a partir de 2009, quanto Derman assumiu o cargo.
Problemas vão desde acordo com laboratórios a serviços de advocacia
Entre as irregularidades constadas estão contratações diretas das empresas AMCP Diagnósticos de Imagem e Approbato Machado Advogados a Prefeitura no caso de algum processo, além da contratação de médicos sem a necessidade de concursos públicos e a falta de um conselho municipal para acompanhar os gastos do convênio. No contrato celebrado entre a Saúde e o escritório, existe uma cláusula com pagamento no montante de 4% do valor do convênio com taxa de administração. Nos anos de 2009 e 2010 foram pagos ao escritório a quantia de R$ 675 mil.
Para o TCU, os serviços do escritório de advocacia limita-se apenas a defesa da Sociedade Paulista de Defesa da Medicina (SDPM) em questões trabalhistas, exames de minutas de contratos, litígios, razão pela qual não caberia ao convênio a arcar com os custos de ações movidas. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o relatório diz respeito a eventuais irregularidades em contratos com o governo federal, com o governo estadual e com as prefeituras de São Paulo, de São José dos Campos e Guarulhos.
"Trata-se de uma manifestação dos auditores que já foi respondida pela Prefeitura de Guarulhos, não havendo ainda uma posição do TCU. Já sobre o contrato com o escritório de advocacia, a Secretaria informa que este foi contratado para defender a SPDM em ações trabalhistas relacionadas às causas dos funcionários que prestam serviço no Pimentas Bonsucesso", diz a nota.
Fonte:guarulhosweb.com.br
Ainda tem funcionário com cargo em comissão e petistas que acham normal o Secretário da Saúde Carlos Derman vir a publico toda Semana dar explicações sobre a saúde do Município.
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