sábado, 6 de agosto de 2011

Para Dalila, a central é uma arma importante no combate à violência


SP é recordista na Central de Atendimento à Mulher.
Juliana Aguiar Carneiro
SP é recordista na Central de Atendimento à Mulher
São Paulo é o Estado brasileiro que mais ligou para a Central de Atendimento à Mulher (180) da Secretária de Políticas para as Mulheres (SPM) no 1º semestre deste ano. De janeiro a junho de 2011, o centro de atendimento contabilizou 44.499 atendimentos. 

Desse total de queixas, 5.067 estão relacionados com algum tipo de violência. Com relação a agressões físicas, a central recebeu 2.876 ligações, já violência psicológica resultou em 1.387 contatos.
Denúncias de cárcere privado somaram sete ligações, enquanto violência moral, sexual e patrimonial contabilizaram, respectivamente, 660, 43 e 94 contatos via 180. Já em todo o País esse número alcançou 293.708 atendimentos.
De acordo com a pesquisa divulgada pela assessoria de imprensa da SPM, em âmbito nacional, a maior parte das mulheres que entrou em contato com o Ligue 180 é parda (46%), tem entre 20 e 40 anos (64%), cursou parte ou todo o Ensino Fundamental (46%), convive com o agressor há mais de dez anos (40%) e 87% das denúncias são feitas pela própria vítima.
O percentual de mulheres que declaram não depender financeiramente do agressor é de 59% e, em 72% das situações, os agressores são os cônjuges das vítimas. Os números mostram que 65% dos filhos presenciam a violência e 20% sofrem violência junto com a mãe.
Sigilo
A procura pelo Ligue 180 é espontânea e a SMP garante sigilo absoluto para quem denunciar. Para a presidente da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (Asbrad), Dalila Eugênia Dias Figueiredo, a central é mais uma arma importante no combate à violência da mulher. “O que eu vejo é que atendemos cada vez mais mulheres que conhecem e ligaram para o 180. O que todos precisamos aprender é que aquela história de que briga de marido e mulher não se mete a colher está errada. Precisamos denunciar. A mulher precisa estar livre da violência, mas não só ela. Todos precisam, inclusive seus filhos”, disse a presidente. A sede da Asbrad está localizada na Avenida Emílio Ribas, 642, na Vila Paulista.

Fonte:folhametro.com.br

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