segunda-feira, 18 de abril de 2016

Seis motivos para a derrocada de Dilma


















O plenário da Câmara aprovou neste domingo (17/04) a continuidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O resultado deixou evidente o fracasso das últimas costuras políticas do governo – mas as dificuldades enfrentadas pela petista já vêm surgindo desde que ela assumiu o seu segundo mandato, no início de 2015. Veja a seguir seis razões que levaram o governo à derrota.

Decadência da economia

Em outubro de 2014, Dilma conseguiu recuperar parte da popularidade perdida nos protestos de 2013. Pesquisa do Datafolha mostrou que 42% da população tinham uma imagem positiva da presidente. Em janeiro de 2015, no entanto, o governo começou a revelar o tamanho das dificuldades econômicas que haviam sido omitidas durante a campanha eleitoral do ano anterior.

Poucas semanas depois da vitória, Dilma começou a cortar gastos e tomar outras medidas impopulares.

A oposição acusou o governo de ter praticado um “estelionato eleitoral”. Em março, antes mesmo de a extensão do escândalo da Petrobras ser revelada, a popularidade Dilma desabou para 13%. No mesmo mês, surgiram as acusações envolvendo as “pedaladas fiscais” – que viriam a se tornar a razão jurídica do impeachment.

A fórmula econômica dos anos 2003-2014, que privilegiou o crescimento por meio do consumo, desonerando impostos, também cobrou seu preço. Abatimentos nas tarifas de luz, que causaram rombos bilionários, tiveram que ser revertidos, o que pressionou a inflação. O dólar subiu, o país teve suas notas rebaixadas, e uma crise de confiança se instalou no país.

No final de 2015, o PIB sofreu uma queda de 3,8%. O governo também se mostrou incapaz de aprovar reformas para reverter o quadro. Para chefiar o ajuste, Dilma escolheu Joaquim Levy para chefiar a Fazenda, mas o ministro acabou sofrendo resistência do próprio PT.

A relação deteriorada com o Congresso também não permitiu a aprovação de reformas. Aos poucos, federações e entidades do comércio e da indústria, que viveram uma lua de mel com Lula, passaram a se voltar contra o governo.

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