terça-feira, 16 de agosto de 2011

Secretário responde a críticas de artistas da cidade

Laís Domingues - Fotografia Ricardo Lou
Arantes garante que problemas com a classe não são generalizados.
Após reportagem publicada na semana passada em que artistas integrantes da TAZ Guarulhos (Zona Autônoma Temporária) denunciavam abandono da cultura, o não cumprimento da Lei de Fomento e ineficiência do Fundo de Cultura, o secretário da pasta, Hélio Arantes, esclarece problemas e critica o grupo.

Segundo o secretário, “o grupo reclama porque neste ano não foi contemplado pelo FunCultura, ao contrário de outros anos”. Explica que só foram contemplados 13 grupos, contabilizando R$ 424.058,50, devido ao estabelecimento de uma linha de corte como parâmetro de qualidade. “Reclamam porque nisso eles ficaram na suplência. De acordo com a lei poderiam pedir recurso e não fizeram.”

O secretário lembra que quem estabelece regras e vota pela contemplação dos projetos é o conselho do Funcultura, que até mesmo tem projeto de lei em trâmite na Câmara Municipal para ter seu mandato estendido para dois anos a partir da próxima eleição.

Fundo já contempla Lei de Fomento

Para Hélio Arantes, a Lei Municipal de Fomento ao Teatro e a Dança estabelece como fonte de recursos o próprio FunCultura e, por isso, já estaria contemplada em um processo mais amplo, junto aos projetos das demais expressões artísticas. Diz que é inviável privilegiar o teatro e a dança em detrimento de outras artes já contempladas pelo Fundo.

Sobre a denúncia de perseguição à Casa dos Córdeis, o secretário afirma que não há exclusão da instituição por parte da Secretaria. Mostrou o Diário Oficial de 29 de julho em que o Instituto Cultural Casa dos Córdeis é apontado como um dos habilitados para a segunda etapa de escolha dos próximos 13 Pontos de Cultura que devem ser instalados na cidade. Quanto à procissão sacro profana, a decisão de excluí-la da programação partiu da comissão da festa e da Diocese.

“Eles têm preconceito com a periferia”

O secretário Hélio Arantes comparou os gastos com a Virada Cultural de São Paulo – mais de R$ 9 milhões – com o show da Cláudia Leitte, criticado pelos artistas e cotado em pouco mais de R$ 300 mil.

Eles não reclamam porque é do mesmo senso estético deles. Eles têm preconceito com a periferia. Não pode ir artista popular que não é do gosto deles para eles reclamarem. Eles não querem Carnaval na cidade, não querem que eu dialogue com os grupos que estão se iniciando na periferia.”

Fonte: folhametro.com.br

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